O
Dia Internacional da Língua Materna
celebra-se a 21 de fevereiro em 2019.
A
língua materna estrutura-nos, é a nossa raiz, individual e grupal. Aprendemo-la
na infância, crescemos nessa língua e vamos intuindo (e ajuizando sobre) o
funcionamento dela. Comunicamos, pensamos, sentimos, criamos com e pela língua
materna; ela é sinónimo de identidade cultural. A língua portuguesa tem cerca
de 250 milhões de falantes.1
Esta
efeméride foi proclamada pela UNESCO em 1999 e reconhecida formalmente pela
Assembleia Geral das Nações Unidas. O episódio que lhe deu origem remonta a
1948. Nesse ano, o Governo do Paquistão declarou o urdu como única língua
oficial para todo o território; no Paquistão de Leste (atual Bangladesh), cuja
maioria de falantes tinha como língua materna o bengali, houve protestos. Em 21
de fevereiro de 1952, em Dhaka, durante uma manifestação em defesa do
reconhecimento do bengali, alguns estudantes universitários e ativistas
políticos enfrentaram forças policiais, acabando por ser mortos.
Ao
comemorar o Dia Internacional da Língua Materna pretende-se proteger todas as línguas
faladas no Mundo, honrando tradições culturais e respeitando a diversidade
linguística. Estima-se que metade das quase 6000 línguas faladas no Mundo
esteja em risco de desaparecer; ora, como bem alerta Irina Bokova,
Directora-Geral da UNESCO, a perda de línguas empobrece a Humanidade.
1 Os países que têm a língua
portuguesa como língua oficial integram a CPLP — Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa. V. www.cplp.org/
Fonte: https://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/paginas-especiais/dia-internacional-da-lingua-materna
O
LIVRO
A maior flor do mundo é uma magnífica história.
Transformando-se em personagem, o autor conta-nos que uma vez teve uma ideia
para um livro infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a
maior flor do mundo. Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou
a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar a ideia no
papel, ela resultaria verdadeiramente extraordinária: "seria a mais linda
de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas
encantadas...".
É dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro. Os leitores são
chamados para uma divertida brincadeira, pois Saramago narra-lhes a história do
menino e da flor não como se ela fosse a história de verdade, mas como se fosse
apenas o esboço do que ele teria contado se tivesse o poder de fazer o impossível:
escrever a melhor história de todos os tempos.
Fonte: www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40243
O AUTOR
Filho e neto de camponeses, José Saramago
nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro de
1922, se bem que o registo oficial mencione como data de nascimento o dia 18.
A maior parte da sua vida decorreu, no entanto,
em Lisboa, onde estudou. O seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico,
tendo exercido depois diversas profissões: desenhador, funcionário da saúde e
da previdência social, tradutor, editor, jornalista.
Publicou o seu primeiro livro, um romance, Terra do Pecado, em 1947. Trabalhou
durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direção literária e de
produção.
Em 1972 e 1973 fez parte da redação do jornal
Diário de Lisboa, onde foi comentador político, tendo também coordenado,
durante cerca de um ano, o suplemento cultural daquele vespertino.
Pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa
de Escritores e foi presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de
Autores.
A partir de 1976 passou a viver exclusivamente
do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor.
Casou
com Pilar del Río em 1988 e em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo
entre a sua residência habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago
das Canárias (Espanha).
Em 1998 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel de
Literatura.
José Saramago faleceu a 18 de Junho de 2010.
Fonte: https://www.portoeditora.pt/autor/jose-saramago